sábado, 2 de junho de 2007

Chegando em Casa: Paraty - Ubatuba

Dia 02/06:

Está chegando ao fim!

Minhas férias estão acabando. O mês de Maio passou muito rápido.

Quando comecei a conhecer a vela como forma de lazer, descobri também, que a vela é uma atividade envolvida por sonhos. Sonhos de diversos tipos. Os regateiros sonhando com vitórias, os atletas da vela sonhando com medalhas e os cruzeiristas sonhando com suas viagens.

Retornando sozinho do Rio para Ubatuba, tive a oportunidade de refletir a respeito dos valores da minha vida.


Tive que criar esta oportunidade para fazer esta viagem de barco. Parece simples, mas não foi. Nós pessoas comuns ficamos comprometidas o tempo todo com o trabalho e com a família. Quase sempre estamos preocupados em "ter" e não em "viver". Trabalhamos a maior parte do tempo para garantir nosso patrimônio e deixamos em segundo plano nosso lazer.
A satisfação de ter algo é passageira. Quando compramos, por exemplo, uma TV nova, ficamos realizadso por ter um equipamento mais moderno, cheio de funções diferentes, tela maior, melhor definição, etc... Depois de um mês, nada disso tem mais graça. Esquecemos de tudo. Se bobear, paramos na loja para ver um modelo de TV ainda mais moderno. Porém, quando investimos em nosso "viver" marcamos para sempre nossas vidas com as emoções que tivemos. Conhecemos lugares e pessoas diferentes, ampliamos nossos horizontes.
Acho que o segredo é conseguir conciliar as duas coisas. " Trabalhar para viver e não viver para o trabalho!"

Dia 01/06:

O retorno de Paraty para Ubatuba, foi tranquilo. Saí bem cedo, pois a travessia leva umas 10 horas.

Para variar não tinha vento. Fui motorando pelas ilhas de Paraty até chegar no Ponta da Joatinga.


Passei próximo a uma montanha que tem uma pedra em forma de baleia. Ví uma foto desta pedra, no diário de bordo do veleiro Fandango, Projeto Três no Mundo. A Carol, filha do Sérgio é quem reconheceu a cabeça de uma baleia cachalote na foto que ela tirou. Acho que o ângulo da milha foto não deu o mesmo efeito que a dela.

Logo depois que contornei a Ponta da Joatinga começou ventar. Ôba, vou velejar!!! Subi a vela mestra (que dá um trabalhão para fazer sozinho) e abri a genoa. Desliguei o motor. Sentei para curtir o visual... em 15 minutos o vento parou. Baixa vela grande, enrolra a genoa, arruma tudo, liga motor... Foi só trabalho!

A beleza das paisagens desta região ficou escondida pela distância que estava navegando da costa. Toda costa é de pedras escarpadas, Mata Atlântica muito preservada, praias e algumas ilhas.

Passei pela Ilha das Couves no meio da tarde.
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Já estava entardecendo quando estava chegando nas proximidades de Ubatuba. Como sempre, o pôr do sol foi lindo.


Às 18:00 h cheguei no Saco da Ribeira. Ponto zero da viagem.

Graças a Deus tudo correu bem.



Até a próxima!