quinta-feira, 31 de maio de 2007

Ilha Grande - Paraty

Dia 30/05:
Saí da Praia do Abraão lá pelas 11:00 h da manhã.
O dia estava estável e o vento forte do dia anterior, ficou muito mais agradável.
Tentar descrever a Ilha Grande em poucas palavras e mostrá-la em algumas fotos é impossível. A ilha tem diversas praias, vilas, cachoeiras, trilhas, muitas histórias... A minha passagem foi ao redor da parte norte e oeste da ilha. Passei afastado dos principais "points" da Ilha Grande (Sítio Forte, Pr. Bananal, Ilhas dos Macacos, Saco do Céu, Pr. do Acaiá, etc...). Deixo apenas um registro, de bem longe, pois de perto não é possível fotografar de uma só vez a grandeza daquela ilha.
Na rota entre Ilha Grande e Paraty, tem-se a vista do continente, formada pelas diversas ilhas e ilhotas que compõe a linda paisagem de Angra dos Reis, com Serra do Mar ao fundo.
Infelizmente, existe uma vista desagradável no caminho para Paraty. É a Usina Nuclear de Angra dos Reis. Toda vez que passo naquela região, por terra ou por mar, fico pensando porque nossos governantes escolheram aquele paraíso para instalar uma usina nuclear.


A travessia leva cerca de 5 horas no motor. Saindo da Praia do Sítio Forte, ruma-se para o oeste, atravessando o canal de acesso de navios ao porto de Argra dos Reis. Dali para frente tem-se que tomar cuidado com a navegação, pois existem várias ilhotas e lajes ao longo desta rota.
Viva o GPS! Com ele as coisas ficam bem mais fáceis. É só planejar bem a rota, verificar com atenção os pontos e trajetos na carta náutica e seguir em frente.

A chegada em Paraty é sempre linda, independente da onde se vem. Seja de carro pela BR-101, entrando-se por mar de qualquer direção ou mesmo pelo ar. Paraty é simplesmente linda!
A cidade é cercada pela mata atlântica, ainda muito bem conservada. O mar é decorado por várias ilhas, 66 ilhas.
A atividade de pesca é intensa. Está começando a temporada de pesca do camarão. Deu para notar a grande quantidade de barcos de pesca na região.
A aproximação da cidade foi feita no entardecer. É um show a parte as diversas paisagens que se formam com o pôr do sol. Não tem como deixar de fotografar este momento.
O pôr do sol é meio mágico, atrai sempre as pessoas para curti-lo. É interessante como isto ocorre nos lugares turísticos onde o pôr do sol ocorre sobre o mar. Eu sinto uma sensação de esperança, de renovação. Acaba hoje, amanhã a vida continua. Assim como as nossas dores, nossas alegrias, nossa esperança de viver mais um dia.
No oeste o sol se escondeu atrás da serra do Mar.

No leste a lua apressada, já estava a vista.

E o colorido do céu, deixa o dia com ares de poesia.

Ancorei na Marina e Pousada Refúgio das Caravelas no inicio da noite. Lá existe uma estrutura muito legal. Vários barcos no pier e nas poitas. Várias pessoas vivem em seus barcos lá. O pessoal costuma ficar no pier contando suas histórias e mentiras de velejador. Falando de suas experiências e de seus sonhos. É um lugar legal, por não ser muito sofisticado. A maioria dos velejadores de lá, tem idade mais avançada (DNA - Data de Nascimento Antiga). Dizem que a Marina deveria se chamar Refúgio dos Carasvelhos. Estes caras podem estar mais velhos, mas tem um pique e uma motivação de mocinho!!
A noite fui jantar fora. Fui convidado pela Sílvia para comer uma moqueca no barco deles, o Brisa Sul. Estava uma delícia!!

Dias 31/05:
Tirei o dia para fazer uma arrumação no Tukurá. O Pororoca limpou o fundo, pois o casco estava com um pouco de cracas. Tivemos que soltar o eixo do hélice para retirar uma linha de pesca enroscada.
Fui almoçar com meus amigos em um restaurate na cidade. Restaurante do Ditinho. Ótima opção para uma comida caseira. Cervejinha geladíssima!!! Tem umas mesinhas na areia da praia ou se preferir dentro do restaurante.
Conhecemos um pessoal local muito divertido. O Comandante Cicí, a Mônica e outra senhora que não me lembro o nome. O Cicí é um figura. Chegou com uma rede, armou entre duas árvores que já tinha ganchos. Disseram que todos os dias depois do almoço ele tira uma sonequinha lá. Começou uma cantoria de seresta. A Sílva logo se enturmou. Ela curte e conhece muito essas músicas. O almoço foi divertido com as histórias do comandante.
A Sílvia e o Augusto foram embora a tarde. Eu fiquei até tarde mexendo no barco. Instalei o Inversor, instalei as tomadas e disjuntores para entrada de 110/220 Vac e fiz outro 5S e limpeza.
Fui dormir tarde, para quem pretendia levantar as 05:00 h da manhã.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Rio de Janeio - Ilha Grande... Sozinho!!

Dia 28/05:

Neste trecho da viagem não terei nenhuma companhia. Meus amigos estão todos trabalhando. Que perda de tempo!!! Que estressante!!! Não é nada sadio.

Peguei um ônibus de Mogi para o RJ no domingo à noite. Cheguei no Rio de Janeiro às 05:30 h da manhã.

Depois de uma rápida arrumação no Tukurá, saí do Clube Naval Charitas, para abastecer o barco com diesel e gelo no I.C. Brasileiro.

Zarpei de Niterói às 11:00hs. A previsão do tempo estava meio confusa. No dia anterior eu consultei alguns sites da internet que indicavam uma segunda-feira com tempo bom, porém com ventos não favoráveis. A Marinha anunciava ressaca no final do dia.

A navegação pela orla do Rio é sempre linda. Com o dia ensolarado as paisagens de que olha do mar para a terra são verdadeiros espetáculos. Valeu a pena tirar novas fotografias dos principais pontos da cidade.








Motor a 2500 rpm, vela grande içada e lá vamos nós. A tarde passou rapidinho. Quando começou a escurecer eu estava deixando para trás a Praia da Barra. Como é longa esta praia!

Um pouco antes de escurecer o molinete correu. Opa, um peixinho!!
Pela força e pela briga deu para desconfiar que era um dourado. O bicho foi chegando perto do barco e já deu para reconhecer. Era um dourado.
Com cuidado fui trazendo ele para o barco. Não queria perdê-lo como aconteceu no Arraial do Cabo.
Embarquei o bichinho. Devia pesar mais ou menos 1 Kg, Tirei umas fotos e coloquei-o de volta no mar. Estava sozinho, não valeria a pena sacrificar o coitado para uma só pessoa.

O pôr do sol foi lindo.

Já havia anoitecido, quando outro peixe foi fisgado. Desta vez foi um peixe espada. Devia ser filhote. Fisguei a cabeça dele. Ainda bem, pois foi mas fácil tirar o anzol. Devolvi para a natureza e segui viagem.


Não coloquei mais a isca na água, porque eu não queria mais perder tempo. Além do mais, estava satisfeito com a pescaria.

Eu estava um pouco preocupado com as condições do mar e do vento. A previsão que a Marinha dava pelo rádio era de ressaca na costa e ventos fortes no oceano. O Augusto me ajudou via celular, com informações da Internet. É bom poder contar com uma ajuda em terra. Principalmente se for de uma pessoa que conhece o que é navegar no mar.

Às 21:00 h passei pela Laje de Marambai. Às 22:30 h contornei a ponta da Ilha de Marambaia. Às 23:50h cheguei na Praia do Abraão.

Peguei uma poita emprestada e fui dormir. Sem banho é lógico!


Dia 29/05:

Acordei mais tarde, pois tive que recuperar o sono perdido no domingo para segunda-feira.
Logo o céu abriu. Foi possível tirar umas fotos da Praia do Abraão.




O Lugar é muito legal. É uma pequena vila, que foi transformada em um local de turismo. Tem muita pousadinha, campings, lojinhas e restaurantes.
Tudo é bem simples. Pouca sofisticação. Mas tudo bem transado. Isto é que dá o charme do lugar!


Fiz uma caminhada até a cachoeira.



Um pouco a frente tem um aquaduto, que foi construído na época do presídio. As estruturas foram feitas de pedra e faz como uma ponte, sobre o vale onde corre o riacho.

A mata atlântica está bem conservada na Ilha Grande, é legal caminhar pelas trilhas de lá.

Voltei para o barco no final do dia, pois começava a virar o tempo. Só foi chegar no barco, começou a ventar muito forte e chover um pouco.

A temperatura caiu bastante. Hoje vou dormir bem cedo.

Espero que o dono da poita não apareça no meio da noite. Senão vou ter que sair do meu bercinho quentinho, para ancorar em outro local.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Retornando para Casa

Dia 21/05:

O retorno de Búzios até o RJ, foi feito com a companhia do Júnior. O Júnior é o culpado! Ele é quem me contaminou com o vírus da vela. O Júnior é o meu primeiro amigo. É meu amigo desde que eu me conheço por gente.

Um dia nos encontramos depois de vários anos sem nos ver. Ele me levou para velejar na represa em seu Laser. Eu já tinha certa afinidade com a coisa. Deu no que deu!
Fizemos algumas peripécias juntos. Uma delas foi velejar de Laser de Bertioga até Boiçucanga. Dois no barquinho. No meio do caminho, resolvemos desviar para a Ilha do Montão de Trigo, umas 5 milhas (8 Km) mar a dentro. Levávamos apenas uma geladeirinha de isopor que cabia duas latinhas e uma garrafa de água. Foram 12 horas sentados naquele barquinho. Minha bunda ficou com o xadrez do anti-derrapante da fibra por uns três dias!
Saímos do I.C. Armação de Búzios por volta das 11:30 hs. Saímos no motor, com a vela mestra içada e rizada (reduzida), pois não sabíamos como o vento estaria lá fora. Assim que chegamos em mar aberto levantamos a genoa (vela da frente), para velejarmos diretamente até Cabo Frio.

Necessitamos fazer uma parada estratégica em Cabo Frio, para abastecer o barco com água e diesel. A chegada em Cabo frio foi tranquila. Apenas a entrada no canal foi um pouco estressante.
Foi minha primeira vez. O acesso ao canal é estreito e o movimento de barcos é grande.
Mas deu tudo certo e encostamos no I.C.Rio de Janeiro, sub-sede de Cabo Frio. Nosso vizinho de Búzios do veleiro Francês, que havia saído de Búzios horas antes de nós, já estava no clube tomando uma cerveja. Abastecemos e fomos embora para Arraial do Cabo.

Chegamos em Arraial lá pelas 17:00hs.


Tentamos inicialmente ancorar na Praia dos Anjos, mas a âncora garrou (soltou). Decidi então pernoitar na Praia do Forno. Lá pegamos uma poita do restaurante flutuante. Pudemos dormir tranquilos, mesmo com o forte vento que soprou toda noite.
Dia 22/05:
Saímos de Arraial às 06:30 hs. Nosso plano era sair às 05:00 hs, mas quem é que levantava da cama com aquele friozinho!!
Contornamos a Ilha do cabo Frio pelo lado de fora. Evitei passar por dentro do boqueirão, porque a profundidade é pouca. Não quis arriscar ficar encalhado em um banco de areia.
Velejamos todo tempo. Contornamos a ilha, deixamos o Arraial do Cabo numa velejada muito boa. O mar estava bem agitado, até que nos afastamos da costa. O vento nordeste foi empurrando o Tukurá até próximo a Ponta Negra.



A vara de pesca estava armada. Mas nada de peixe! Pouco antes do vento parar, fisguei um peixe. O danado fez uma boa força contra o molinete. Quando faltava alguns metros para embarcar... a linha quebrou. Não sei o tamanho, mas foi uma briga boa! Pouco depois, como prémio de consolação, peguei um pobre peixinho. Quase do tamanho da isca. Acho que ele foi atropelado pela isca artificial, pois o anzol estava preso na cabeça do coitado.

Às 15:30 hs o vento parou completamente. Vimos chegar uma enorme nuvem negra em forma de tornado.
Na verdade, as nuvens pareciam um algodão doce, todo retorcido. Logo atrás das nuvens veio uma pauleira. Entrou o famoso Suduca. Um vento sudoeste muito forte, que rapidamente levantou as ondas. Baixamos todas as velas e ligamos o motor. O barco não respondia ao leme, pois a velocidade era muito baixa. Dei um pouco mais de motor e fomos em frente, bem devagar, vencendo onda por onda. Vimos duas traineiras de pesca na mesma situação. Uma delas, desistiu e deu a volta, jogou ancoras pela popa e ficou esperando o mal tempo passar. Naquele momento pensei que iríamos ter uma noite de cão. Naquele velocidade, iríamos chegar no RJ só no outro dia. Fiquei com um pouco de medo, mas não por uma tragédia, mas sim pelo desgaste e estresse que iríamos ter que enfrentar. Estava tranquilo com a segurança, pois tínhamos o tanque cheio, havíamos almoçado pouco antes do vento chegar, estávamos perto de outros barcos e se o bicho pegasse ainda mais, nós poderíamos abrir um pouquinho da vela genoa e " correríamos com o vento". Mas como tudo nesta vida... passa! A pauleira durou 1:30 hs, depois foi diminuindo. Com isto as ondas que estavam muito grandes (2 a 3 metros), foram baixando. A velocidade do barco melhorou de 1 nó para 4 nós. Nossa previsão era chegar na Baia da Guanabara, lá pelas 23:00 hs. Ótimo, perto do que eu imaginava que iria acontecer.
Chegamos no Charitas em Niterói às 22:50 hs. Jogamos âncora defronte ao clube, jantamos um macarrão a bolonhesa e fomos dormir. Sem banho é lógico!
Dia 23 a 25/05:
Instalados no Clube Charitas, tiramos o dia para fazer uma limpeza no Tukurá. Lavamos o convés e o costado, limpamos o interior do barco e arrumamos a bagunça do dia anterior.

O Júnior decidiu ir embora, pois o trabalho o chamava!
O dia estava muito feio, chuvoso e frio.

Na noite de 23 para 24, choveu e ventou muito. As rajadas assobiavam. O toldo parecia que ia ser arrancado do barco. Eu acordava todo tempo por causa do barulho do toldo. Não encontrava coragem de sair lá fora para retirar o toldo. Até que uma das cordinhas se soltou. Ai não teve jeito, vamos para chuva!! Fiquei todo molhado e com frio. Me sequei e me aqueci com uma dose da cachaça do Sr. Antoninho, lá de Americana. Voltei para o meu bercinho. Contei mais uma rajada. depois o vento diminuiu. Que raiva!!! Essa lei de Murfi é do cassete!!
Na sexta de 25 o tempo melhorou. Niterói amanheceu com céu azul, mostrando alinda paisagem do RJ.

Mas mesmo assim, resolvi voltar para Mogi de ônibus e passar o fim de semana com minha família. A Belinha está com saudades do Capitão Papito!!

sábado, 12 de maio de 2007

Dia 12/05:

Deixei o Tukurá ancorado no I.C.A.B., pegamos um ônibus para o RJ e outro para SP.Dia 18 ou 20, volto para Búzios para iniciar o retorno com o Tukurá para Ubatuba.

Às 20:00 do sábado, estava eu abraçando minha Isabela. Que bom chegar em casa são e salvo.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Rio das Ostras

Dia 11/05:

Cumprimos o planejado, que era partir para Rio das Ostras pela manhã. Céu azul, vento favorável para uma viagem na vela.


Levamos quase 4 horas para percorrer as 15 milhas (25 Km) do percurso. Velejamos todo tempo.

Chegamos em Rio das Ostras, com muita atenção, pois a aproximação do local, onde deveríamos ancorar é cheio de pedras e não está cartografado na carta náutica.

O amigo Aroldo, parceiro da Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro, me ofereceu uma poita para deixar o Tukurá ancorado, durante uma semana enquanto volto para casa. O Aroldo não estava lá. Não pude conhecê-lo pessoalmente. Foi uma pena, pois o cara foi nota 10, se preocupando com os detalhes, para que eu tive uma ótima estada em Rio das Ostras.
Porém, algumas coisas mudaram rapidamente durante o dia. Fiquei inseguro com o local de ancoragem, que é desabrigado de alguns ventos perigosos, como o Sul e Sudoeste. Além disto, tinha um barco vizinho chamado Cachorão, que estava a fim de cruzar com o Tukurá. Estavam muito perto quase se batendo. O Augusto e a Silvia, também preferiram voltar para Búzios. E assim fizemos. Deixamos Rio das Ostras às 22:30 hs.
Foi uma velejada maravilhosa. O único problema foi que o Augusto estava com uma dor de dente insuportável. Não pode aproveitar a velejada. Fizemos o retorno para búzios em 2:00 hs, contra as 3:30 hs da ida. Chegamos em Búzios a toda. Quase que não deu tempo de abaixar as velas. Quando vimos estávamos em cima dos barcos ancorados.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Búzios

Dia 10/05:

Saimos da Praia de João Fernandes pela manhã.


Mudamos a ancoragem para a Praia dos Ossos, logo pela manhã. Aluguei uma poita no Iate Clube Armação de Búzios. Local seguro para deixar o Tukurá descansando da navegada do dia anterior.
O Capitão e o Tukurá no ICAB.


Praia dos Ossos

Aproveitamos e tomamos banho. Dois dias sem um banhinho! Fico imaginando os antigos navegantes, sem nenhuma higiene a bordo!

Aproveitamos o dia, que estava lindo. Céu azul, sol e uma brisa fresca muito agradável.

Vamos ver lojinhas? Levei a Sílvia e o Augusto para conhecer o centro de Búzios a Rua das Pedras. O Local é cheio de lojas, botiques, restaurantes e bares. O agito é a noite, mas as lojas começam a funcionar a partir das 14:00 hs.

Caminhamos pela orla da Praia da Armação, onde foram colocadas algumas estátuas homenageando o JK e a Brigitte Bardou. Como todo turista, fotografamos tudo.

Almoçamos um delicioso dourado do mar em um restaurante perto do iate clube. Já que a pescaria não deu resultado.
De noite tivemos a ideia de comprar um peixe fresco dos pescadores que chegavam do mar em suas traineiras. Dois dourados custaram R$ 10,00, baratíssimo! O Capitão comandou as panelas no preparo de uma moqueca. Parece que a tripulação gostou muito. Ou então, ficaram com medo do Capitão e comeram até passar mal.
Fomos dormir cedo, como todos os dias.