Depois de passar uns dias em casa tentando decidir o que iria fazer daqui prá frente, retornei para Cananéia com o objetivo de seguir para o sul através do Canal do Varadouro.
Peguei um ônibus em SP na quinta-feira. Cheguei lá no final da tarde. Aproveitei e fiz umas compras em um mercado no centro da cidade. Fui de carona com o entregador do mercado até a marina.
Neste meio tempo recebi uma ligação de um colega para me informar que uma proposta de trabalho havia sido aprovada.
E agora pião! Todo o meu planejamento de seguir para SC estava comprometido. Consegui negociar o início do trabalho para 02 de fevereiro. Foi muito difícil ter que negociar uns dias a mais de férias na situação que eu estava. O pião está desempregado, aparece uma boa oportunidade, e agora!. Imagina a responsabilidade de falar:- Só posso começar daqui 15 dias! Ainda bem que meu colega é mergulhador. Entendeu a situação que eu me encontrava. Valeu Toninho! O convite para uma saída de mergulho no Tukurá está feito!
Eu farei esta parte da viagem sozinho. Tá todo mundo trabalhando. Que absurdo! Não sei prá que isso!
Agora eu tinha data para retornar. Isso inviabilizou a travessia pelo Varadouro. Ficará para uma outra oportunidade.
Carreguei o Tukurá com a compra, me despedi do pessoal da marina Homem do Mar (foram Nota-10), deixei a poita dele e atraquei no píer no Centro Náutico Cananéia, para fazer os últimos preparativos e me despedir do colega Marcos Bernauer. Tomei umas brejas com uma isca de peixe frita na hora. Tomei uma ducha e fui dormir.
Agora eu tinha data para retornar. Isso inviabilizou a travessia pelo Varadouro. Ficará para uma outra oportunidade.
Carreguei o Tukurá com a compra, me despedi do pessoal da marina Homem do Mar (foram Nota-10), deixei a poita dele e atraquei no píer no Centro Náutico Cananéia, para fazer os últimos preparativos e me despedir do colega Marcos Bernauer. Tomei umas brejas com uma isca de peixe frita na hora. Tomei uma ducha e fui dormir.
Sexta-feira me despertei no nascer do sol. Zarpei assim que o dia clareou. Não queria sair na barra de Cananéia no escuro.
Meu destino era Paranaguá. Umas 10 a 12 horas de lá.
O mar na saída da barra estava tranqüilo. Segui o track do GPS, fazendo o mesmo percurso da entrada.
Meu destino era Paranaguá. Umas 10 a 12 horas de lá.
O mar na saída da barra estava tranqüilo. Segui o track do GPS, fazendo o mesmo percurso da entrada.
Ilha do Cardoso a boreste (esqueda) Ilha Comprida a bombordo.
Uma hora depois estava passando pela Ilha do Bom Abrigo rumo ao Sul, com as Ilhas do Castillo e da Figueira na minha proa.
Dia lindo, mar calmo, pouco vento. Nem valia a pena içar velas.
Montei meu molinete para tentar pescar um peixinho pro almoço.
Algumas horas depois passei pela Ilha do Castillo. Uma Ilha Rochosa situada no litoral do Paraná. Oba! Mais um estado a ser conhecido pelo Tukurá.
Derepente... Zizzzzzzzz.... A linha do molinete correu. Oba um peixe!
Fui recolhendo a linha e sentindo o peso da criatura que eu estava prestes a embarcar. Com cuidado para não deixar o bicho escapar, comecei a perseber algo estranho. Que raio de peixe é este que não está brigando! Ainda longe, enxerguei uma Arraia. Ah! É por isso que o bicho não reage!!!
Quando tirei d´água...
Só eu mesmo para pescar um pedaço de feltro em pleno alto-mar.
Como todo velejar, também sou teimoso. Digamos persistente!
Lancei novamente a isca artificial para garantir um nobre almoço a bordo.
Mais algumas horas chegava na Ilha da Figueira. Esta ilha parece o morro do Pão de Acurar em menor escala.
É uma única pedra muito alta. Muito bonito.
Zizzzzzz. Agora sim! Agora é peixe.
Recolhi o bicho e com cuidado consegui embarcar um Bonito. No tamanho ideal para uma refeição individual.
Peguei os apetrechos para limpar o peixe. Bacia, faca, balde....
Deu um trabalhão limpar o bicho. A sujeira no convés foi inevitável. Ainda bem que não falta água para a limpeza.
Retirei dois filés bem servidos. De um deles tirei umas tiras para fazer um sashimi.
Mas não ficou bom. A carne era muito dura.
O que restou foi para a panela, para virar moqueca. Cebola, tomates e leite de coco. Faltou um cheiro verde ou coentro, mas não foi por isso que eu deixei de comer tudo. Tudo com farinha é lógico!
Louça lavada, bucho cheio. Deu aquele soninho! Um cochilo de alguns minutos foi inevitável. Ainda bem que tem o piloto automático.
No final da tarde consegui contato com uma estação costeira. Era a estação da reserva do Superagui. O operador me passou a previsão do tempo para o resto do dia.
Lá pela 18:30 hs cheguei na bóia 1 do canal da barra de Paranaguá. Próximo de lá estava uma lancha da praticagem do porto de Paranaguá.
- Atento Paranaguá Pilot, escuta o Veleiro Tukurá?
- Canal 12 Tukurá.
Perguntei sobre as condições de entrada pelo canal. Paranaguá é meio famoso pelas más condições da barra. A praticagem me informou que estava tudo tranqüilo. Apenas que eu tomasse cuidado com um navio que deixava o porto em minha direção.
A entrada no canal levou mais de 30 minutos. O mar só abaixou depois que eu passei pela Ilha do Mel. Antes disso as ondas estavam um pouco grande, devido aos bancos de areia dos lados do canal.
Entrei na Praia da Encantada a procura de uma ancoragem tranquilha. Fui sondando a profundidade até encontrar um local. A profundidade variava radicalmente. De 25 m, baixou para 10, de 10 caiu para 4 e derepente estava em 1,5 metros.
Então decidi seguir para outro ponto. Segui a indicação do guia do Marçal Ceccon – Rapunzel . Naveguei uns minutos e uma forte chuva começou a vir em minha direção. Decidi então retornar para a Encantada.
Já anoitecendo ancorei próximo a uma pequena baia mais protegida ao sul da praia.
Ducha fria, um rápido lanche. Fui dormir.
Acordei com o barulho da água passando pelo casco e pelo balanço do barco.
Quando saí para ver o que estava acontecendo, levei um susto com a velocidade da correnteza. Parecia um rio. Não fiquei tranqüilo com a situação, pois a correnteza jogava o Tukurá em direção as pedras.
Criei coragem e subi ancora para outro local. Segui mais para o meio da praia, me afastando das pedras.
Agora joguei âncora em local com 8 metros de profundidade. Fui dormir novamente. No meio da noite... tuque, tuque, tuque!!! Corri para fora e vi que eu estava encalhando. O profundímetro marcava 1,3 metros. Tentei puxar o barco pelo cabo da âncora, mas não consegui. Dei partida e consegui sair no motor, raspando a quilha no fundo.
Chovia! Mas não dava tempo para vestir a capa.
Então fui mais para o fundo. Quanto mais fundo maior a correnteza. Ancorei a 15 metros. Me sequei e voltei a dormir. Já era mandrugada quando acordei com o Tuque... tuque novamente. Desta vez consegui retirar o barco do raso puxando a âncora.
Mais uma tentativa. Lancei âncora a 25 mts. Liguei o alarme do profundímetro para 10 metro. Ôh noite de cão! O alarme tocava a todo momento quando o barco virava para o lado da praia.
Entrei na Praia da Encantada a procura de uma ancoragem tranquilha. Fui sondando a profundidade até encontrar um local. A profundidade variava radicalmente. De 25 m, baixou para 10, de 10 caiu para 4 e derepente estava em 1,5 metros.
Então decidi seguir para outro ponto. Segui a indicação do guia do Marçal Ceccon – Rapunzel . Naveguei uns minutos e uma forte chuva começou a vir em minha direção. Decidi então retornar para a Encantada.
Já anoitecendo ancorei próximo a uma pequena baia mais protegida ao sul da praia.
Ducha fria, um rápido lanche. Fui dormir.
Acordei com o barulho da água passando pelo casco e pelo balanço do barco.
Quando saí para ver o que estava acontecendo, levei um susto com a velocidade da correnteza. Parecia um rio. Não fiquei tranqüilo com a situação, pois a correnteza jogava o Tukurá em direção as pedras.
Criei coragem e subi ancora para outro local. Segui mais para o meio da praia, me afastando das pedras.
Agora joguei âncora em local com 8 metros de profundidade. Fui dormir novamente. No meio da noite... tuque, tuque, tuque!!! Corri para fora e vi que eu estava encalhando. O profundímetro marcava 1,3 metros. Tentei puxar o barco pelo cabo da âncora, mas não consegui. Dei partida e consegui sair no motor, raspando a quilha no fundo.
Chovia! Mas não dava tempo para vestir a capa.
Então fui mais para o fundo. Quanto mais fundo maior a correnteza. Ancorei a 15 metros. Me sequei e voltei a dormir. Já era mandrugada quando acordei com o Tuque... tuque novamente. Desta vez consegui retirar o barco do raso puxando a âncora.
Mais uma tentativa. Lancei âncora a 25 mts. Liguei o alarme do profundímetro para 10 metro. Ôh noite de cão! O alarme tocava a todo momento quando o barco virava para o lado da praia.
Noite de Cão!!
Amanheceu e eu estava muito cansado. Mas mesmo assim eu queria aproveitar o sábado para seguir até São Francisco.
O dia estava nublado, mas tinha um ventinho que permitiu uma velejada gostosa. Foram 10 horas para chegar a barra de São Chico.
Optei por cortar caminho pelo baixio da barra. Segundo o guia do Ceccon e cartas náuticas, isto é possível com o mar calmo. Foi bom porque a volta pela Ilha da Paz iria me custar umas 2 horas a mais de viagem.
Amanheceu e eu estava muito cansado. Mas mesmo assim eu queria aproveitar o sábado para seguir até São Francisco.
O dia estava nublado, mas tinha um ventinho que permitiu uma velejada gostosa. Foram 10 horas para chegar a barra de São Chico.
Optei por cortar caminho pelo baixio da barra. Segundo o guia do Ceccon e cartas náuticas, isto é possível com o mar calmo. Foi bom porque a volta pela Ilha da Paz iria me custar umas 2 horas a mais de viagem.
Entrei na Baia da Babitonga já no final do dia. Chamei o Iate Clube do Capri, que me disponibilizou um guia para a entrada no canal de acesso ao clube.
A entrada é bem sinalizada mas muito estreita. Se bobiar encalha!
O clube me recebeu muito bem. A política para visitantes é muito legal. Tem-se 2 dias de cortesia. Mais 5 dias com 50% de desconto e os dias restantes a um preço razoável, mas não barato suficiente para cruzeiristas se instalarem no clube por muito tempo.
As instalações do clube são muito boas. Simples mais bem cuidada. Existe um restaurante bastante agitado. Comida muito boa. A cerveja geladíssima. Experimentei a ÔPA BEER. Um chopp produzido em Joiville.
O local do clube é previligiado. Fica em um canal estreito no fundo de um condomínio chamado Capri. Em uma das margens existem lindas casas e suas embarcações defronte as mansões. Na outra margem, uma restinga que forma um braço da baia de Babitonga.
Formam piscinas naturais de água limpida e quente. Uma festa no final de semana.
O dia foi uma verdade maratona para mim e para a minha irmã. Estávamos tentando a todo custo conseguir comprar passagens para a Ângela, Isabela e Selma. Depois de muita luta deles. Conseguiu-se as passagem para a segunda-feira.
Agora vou esperar a segunda. Tomei mais umas Opa Beers, acompanhado de umas iscas de linguado.
Agora vou esperar a segunda. Tomei mais umas Opa Beers, acompanhado de umas iscas de linguado.
Vista de onde estava sentado no restaurante. Que chato!
Bons Ventos! e Bom Trabalho.
Bons Ventos! e Bom Trabalho.