segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Cestas Básica no Rio Escuro

27/12/11 - Rio Escuro - Ubatuba

Desta vez não soltamos amarras e navegamos com o Tukurá.
Haviam sobrado 15 cestas básicas e vários brinquedos do Natal.
Descobri por um colega de Ubatuba que havia um bairro muito pobre próximo ao Saco da Ribeira. O bairro é o Rio Escuro, onde se encontram muitas famílias necessitadas. O que eu tinha para dar era pouco para sair entregando sem direção. Então este colega me falou do Sr. Moura, que é o líder comunitário do bairro.
Peguei a dica e lá fomos nós. Eu, Angela e a Isabelinha.
Encotrei a casa do Moura facilmente, pois ele é bem conhecido lá. O Moura e sua esposa fizeram uma lista de nomes com as 15 famílias mais carentes. Além disso ele nos acompanhou casa por casa.
Bem ao lado da casa dele já havia uma jovem família que estava passando dificuldades.

Na beira da estrada encontramos outra pessoa que morava em uma construção abandonada.

Segundo o Moura este homem era um excelente pedreiro que tinha uma vida boa com a família e por causa do alcoolismo perdeu o caminho da vida.

Encontramos em outra casa um varal enorme que indicava que a família era grande e com muitas crianças.

Bairro pobre, sem infraestrutura, casas humildes e outras não tanto assim. Dá para perceber que a pobreza não é só pela falta de dinheiro, mas também pela de vontade e de motivação, que muitas pessoas tem de melhorar na vida. Falta força e disposição para trabalhar. É um crítica dura, mas é comum encontrarmos pessoas ociosas vivendo no meio de sujeira ou em bares.
O Moura ia nos falando sobre a vida de cada uma das pessoas que iríamos visitar. Exemplos de coragem e de força de vontade não faltaram. Estes exemplos dão dimensão de quanto nós somos privilegiados com a vida que temos.

Nesta pequena casa vive uma moça com duas filhas. Uma delas portadora de necessidades especiais. A mãe não estava. A filha mais nova, de uns 7 anos, cuidava da irmã de uns 10 anos, que é altista.
Levamos a Isabela para conhecer as crianças.

Entregamos todas as cestas e presentes para as crianças e retornamos para a casa do Moura.
Conversamos bastante sobre os nossos problemas. Eles estavam ainda muito abalados pela perda de um filho. Um menino de 14 anos que faleceu subtamente por um ataque cardíaco.
Foi muito duro ouvir toda aquela história, sentir aquela dor, projetar aquela angustia em nossa própria realidade. Mas por outro lado, saímos mais fortes e felizes por ter a nossa Belinha do nosso lado.
Renovamos nossa fé em Deus, que nos deu aquela injeção de confiança e de esperança.
Novamente senti aquela gostosa sensação de bem estar, com a realização da Ação de Natal.
Bons Ventos

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