Saí da Praia do Abraão lá pelas 11:00 h da manhã.
O dia estava estável e o vento forte do dia anterior, ficou muito mais agradável.
Tentar descrever a Ilha Grande em poucas palavras e mostrá-la em algumas fotos é impossível. A ilha tem diversas praias, vilas, cachoeiras, trilhas, muitas histórias... A minha passagem foi ao redor da parte norte e oeste da ilha. Passei afastado dos principais "points" da Ilha Grande (Sítio Forte, Pr. Bananal, Ilhas dos Macacos, Saco do Céu, Pr. do Acaiá, etc...). Deixo apenas um registro, de bem longe, pois de perto não é possível fotografar de uma só vez a grandeza daquela ilha.
Na rota entre Ilha Grande e Paraty, tem-se a vista do continente, formada pelas diversas ilhas e ilhotas que compõe a linda paisagem de Angra dos Reis, com Serra do Mar ao fundo.
Infelizmente, existe uma vista desagradável no caminho para Paraty. É a Usina Nuclear de Angra dos Reis. Toda vez que passo naquela região, por terra ou por mar, fico pensando porque nossos governantes escolheram aquele paraíso para instalar uma usina nuclear.
A travessia leva cerca de 5 horas no motor. Saindo da Praia do Sítio Forte, ruma-se para o oeste, atravessando o canal de acesso de navios ao porto de Argra dos Reis. Dali para frente tem-se que tomar cuidado com a navegação, pois existem várias ilhotas e lajes ao longo desta rota.
Viva o GPS! Com ele as coisas ficam bem mais fáceis. É só planejar bem a rota, verificar com atenção os pontos e trajetos na carta náutica e seguir em frente.
A chegada em Paraty é sempre linda, independente da onde se vem. Seja de carro pela BR-101, entrando-se por mar de qualquer direção ou mesmo pelo ar. Paraty é simplesmente linda!
A chegada em Paraty é sempre linda, independente da onde se vem. Seja de carro pela BR-101, entrando-se por mar de qualquer direção ou mesmo pelo ar. Paraty é simplesmente linda!
A cidade é cercada pela mata atlântica, ainda muito bem conservada. O mar é decorado por várias ilhas, 66 ilhas.
A atividade de pesca é intensa. Está começando a temporada de pesca do camarão. Deu para notar a grande quantidade de barcos de pesca na região.
A aproximação da cidade foi feita no entardecer. É um show a parte as diversas paisagens que se formam com o pôr do sol. Não tem como deixar de fotografar este momento.
O pôr do sol é meio mágico, atrai sempre as pessoas para curti-lo. É interessante como isto ocorre nos lugares turísticos onde o pôr do sol ocorre sobre o mar. Eu sinto uma sensação de esperança, de renovação. Acaba hoje, amanhã a vida continua. Assim como as nossas dores, nossas alegrias, nossa esperança de viver mais um dia.
No oeste o sol se escondeu atrás da serra do Mar.
No leste a lua apressada, já estava a vista.
No leste a lua apressada, já estava a vista.
Ancorei na Marina e Pousada Refúgio das Caravelas no inicio da noite. Lá existe uma estrutura muito legal. Vários barcos no pier e nas poitas. Várias pessoas vivem em seus barcos lá. O pessoal costuma ficar no pier contando suas histórias e mentiras de velejador. Falando de suas experiências e de seus sonhos. É um lugar legal, por não ser muito sofisticado. A maioria dos velejadores de lá, tem idade mais avançada (DNA - Data de Nascimento Antiga). Dizem que a Marina deveria se chamar Refúgio dos Carasvelhos. Estes caras podem estar mais velhos, mas tem um pique e uma motivação de mocinho!!
A noite fui jantar fora. Fui convidado pela Sílvia para comer uma moqueca no barco deles, o Brisa Sul. Estava uma delícia!!
Dias 31/05:
Tirei o dia para fazer uma arrumação no Tukurá. O Pororoca limpou o fundo, pois o casco estava com um pouco de cracas. Tivemos que soltar o eixo do hélice para retirar uma linha de pesca enroscada.
Fui almoçar com meus amigos em um restaurate na cidade. Restaurante do Ditinho. Ótima opção para uma comida caseira. Cervejinha geladíssima!!! Tem umas mesinhas na areia da praia ou se preferir dentro do restaurante.
Conhecemos um pessoal local muito divertido. O Comandante Cicí, a Mônica e outra senhora que não me lembro o nome. O Cicí é um figura. Chegou com uma rede, armou entre duas árvores que já tinha ganchos. Disseram que todos os dias depois do almoço ele tira uma sonequinha lá. Começou uma cantoria de seresta. A Sílva logo se enturmou. Ela curte e conhece muito essas músicas. O almoço foi divertido com as histórias do comandante.
A Sílvia e o Augusto foram embora a tarde. Eu fiquei até tarde mexendo no barco. Instalei o Inversor, instalei as tomadas e disjuntores para entrada de 110/220 Vac e fiz outro 5S e limpeza.
Fui dormir tarde, para quem pretendia levantar as 05:00 h da manhã.